DIABETES MELLITUS

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INFORMAÇÕES

Acredita-se que existam cerca de 5 milhões de diabéticos no Brasil, hoje, sendo que metade não sabe que é portador da doença.  90% dos diabéticos são do tipo II, ou não dependente de insulina, 5% a 6% do tipo I, ou dependente de insulina, 2% do tipo secundário,ou associado à outras doenças e 2% a 3% do tipo gestacional, que é transitório e ocorre durante a gravidez. Entre os 30 e 39 anos de idade 2,6% dos brasileiros são diabéticos, mais ou menos uma em cada 40 pessoas. Entre os 60 e 69 anos, esse número sobe para 17,4% das pessoas, isto é  uma pessoa em cada 6 é diabética. Todos os diabéticos do tipo I devem usar insulina. No diabetes tipo II, uma em cada quatro doentes precisa da insulina para controlar a doença.
Metade dos novos casos de diabetes do tipo II poderiam ser prevenidos, simplesmente, evitando-se o excesso de peso e outros 30%, com uma atividade física compatível com a idade.
Filhos, irmãos, primos, sobrinhos e netos de pessoas portadoras de diabetes do tipo II tem de duas a seis vezes mais chances de virem a desenvolver diabetes, do que pessoas sem casos de diabetes na família. Isso significa que apesar de ter um forte componente hereditário, é possível que qualquer pessoa seja o primeiro caso de diabetes do tipo II, numa família.
O diabetes do tipo I aparece com mais freqüência entre os 10 e 14 anos de idade. O do tipo II tem sua ocorrência mais frequente após os 40 anos. Ambos os sexos possuem a mesma possibilidade de apresentar diabetes, em qualquer um dos dois tipos.
Essa doença é responsável por metade dos casos de amputação de membros, é a principal causa de cegueira adquirida (sem controle, em 15 anos, um quarto dos diabéticos se tornam cegos), e vai levar cerca de um quarto de seus portadores a desenvolver a perda da função dos rins após 15 anos de doença. Além disso, apesar de não se ter dados estatísticos, é responsável por boa parte das mortes causadas por doenças cardiovasculares. Daí, é possível se avaliar a gravidade do diabetes, e a necessidade de se usar todos os meios disponíveis em seu combate.

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O QUE É O DIABETES

Como qualquer outra máquina, o corpo humano precisa de um combustível que lhe forneça energia, para poder exercer suas funções. A glicose é a sua principal fonte de energia. A insulina, substância (hormônio) produzida pelo pâncreas, órgão que fica localizado no abdomen, atrás do estômago, tem a função, entre outras, de transportar a glicose, do sangue para dentro das células, onde vai ser transformada em energia.
No diabetes, deixa de ocorrer esse transporte da glicose para dentro das células, por falta de insulina ou quando existe insulina, por perda desta capacidade de transporte. Isso faz com que se utilize de outros "combustíveis", como as proteínas e os lipídeos (gorduras), necessários para outras funções no organismo, ao mesmo tempo, eleva-se a quantidade de glicose no sangue (glicemia).
Esses dois acontecimentos são as causas de todos os problemas que os diabéticos sofrem. Simplificando, podemos dizer: a hiperglicemia leva à necessidade de eliminação da glicose excedente pela urina; por ser osmoticamente ativa, a glicose, força a eliminação de mais água que o normal, o que explica o aumento da quantidade de urina (poliúria), nos diabéticos, a perda excessiva de água é a causa da sede exagerada (polidipsia) dos doentes. O fato de não haver a queima da glicose, e a consequente falta de energia, leva o cérebro a interpretar como falta de alimento e causa o desejo de comer (polifagia). Esses são os principais sintomas do início do diabetes.
A hiperglicemia causa, ainda, lesões nas pequenas artérias do organismo, que são as origens das complicações do diabetes. Quando atingem as artérias da retina, podem causar cegueira (fato que acontece em 50% dos diabéticos não controlados em cerca de 10 anos); quando atingem as artérias dos rins, podem levar à insuficiência renal (mais comum no diabético do tipo I); quando atingem as artérias dos membros inferiores, causam perda da sensibilidade e facilitam a possibilidade de infecções e úlceras, no limite levando à gangrena e à necessidade de amputação; quando as artérias do coração são afetadas, ocorre a possibilidade de infarto agudo do miocárdio; e assim por diante.
A diferenciação entre diabetes do tipo I e II não é absoluta, mas em termos gerais:

  • o tipo I não tem um componente hereditário importante, costuma aparecer dos 4 aos 14 anos de idade, de maneira abrupta, com sintomas bastante evidentes, e, pela quantidade pequena ou nula de insulina, o tratamento baseia-se na aplicação desta em todos os casos. É a forma mais grave de diabetes.
  • o tipo II possui forte componente hereditário, costuma aparecer depois dos 40 anos de idade, aos poucos, com sintomas, a princípio, mascarados. Tem relação íntima com a obesidade e a falta de exercícios. A insulina pode estar presente em quantidades normais, ou até elevadas, fazendo com que apenas 25% dos casos necessitem dela no tratamento.
  • o diabetes gestacional é transitório, aparece apenas durante a gravidez, e costuma desaparecer depois desta, ainda que essas mulheres apresentem maior possibilidade de desenvolver diabetes que outras.
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O QUE SE PODE E DEVE FAZER

No caso do diabetes do tipo I, é necessário que se procure atendimento médico assim que comece a perceber os sintomas clássicos da doença: urina excessiva, sede, boca seca, fome incomum e fadiga. Principalmente se tiver algum membro da família com diabetes. O início imediato do tratamento vai possibilitar uma diminuição do risco de complicações e uma melhor qualidade de vida.
Quanto ao diabetes do tipo II, é possível se realizar ações preventivas mais eficazes, que podem inclusive, inibir o aparecimento da doença. As principais providências são a manutenção de atividade física compatível com a idade e uma dieta equilibrada. Existem estudos que sugerem que, uma dieta rica em fibras - frutas, vegetais, feijão e grãos em geral - diminuem o risco do aparecimento do diabetes. Outra medida importante é que no caso da existência dos fatores de risco do diabetes - caso na família, obesidade, falta de atividade física - se faça regularmente o controle da glicemia.
Após o diagnóstico da doença, os exercícios e a dieta se transformam de medidas preventivas em parte do tratamento, devendo ser supervisionadas por profissionais de saúde, para que não ultrapassem os limites aceitáveis para cada indivíduo, e se tornem mais um problema, ao invés de uma solução. A meta a ser atingida, através da definição da atividade física e do cardápio ideais, é determinada para cada indivíduo, por seu ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC), que é o resultado da divisão do peso (em quilos), pela altura (em metros) elevada ao quadrado:

IMC = Peso (Kg)  
           Altura2 (m)

> 40,0 obesidade grau III
entre 30,0 e 39,9 obesidade grau II
entre 25,0 e 29,9 obesidade grau I
entre 18,5 e 24,9 normal
< 18,4 desnutrição

Levantamento do Ministério da Saúde, referente ao ano de 1993, demonstra que cerca de 15% da população adulta brasileira já se encontra na faixa de obesidade grau I; e 6,8% entre obesidade grau II e III.

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LINKS NA NET

www.diabetes.com/ - site dedicado ao diabetes
www.dietnet.com.br/caloria.html - site que orienta o uso de calorias na dieta
http://sites.uol.com.br/diabetes_alimen/ - dietas para diabéticos
http://www.tudoemdia.com.br/ - site com inúmeros recursos para a pessoa diabética
http://www.netcomp.com.br/anad/ - site da Associação Nacional dos diabéticos - Brasil
http://rain-tree.com/plants.htm - site sobre as plantas da Amazônia, relatando suas propriedades medicinais, comprovadas através de experiências científicas, obrigatório
www.inform.umd.edu/PBIO/Medicinals/medicinals.html - site da Univ. Maryland com ênfase no uso de substâncias naturais no tratamento de doenças
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BIBLIOGRAFIA

  • Protocolo para tratamento e acompanhamento de Diabetes Mellitus na Rede Municipal de Saúde - Prefeitura Municipal de Campinas - Secretaria de Saúde - 1998

  • Manual de Diabetes 2ª edição - Ministério da Saúde - Secretaria de Assistência à Saúde - 1993

  • Diabetes dia-a-dia, Rogério Oliveira; Livraria e Editora Revinter Ltda., 1995

  • Ervas & Plantas que curam, Ano I nº 1, Equipe Frente!; Editora Escala Ltda., 1998

  • Ervas & Plantas que curam, Ano II nº 2, Equipe Frente!; Editora Escala Ltda., 1999

  • Cura através de plantas e ervas medicinais, Equipe AKS; Aks Editora, 1997

  • As plantas que curam, Frederico Moreira; Hemus Livraria e Editora Ltda., 1978

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