Dr. Das - programação / baixo / voz
Deeder Zaman - rapper
DJ Pandit G - scratch
Chandrasonic - programação / guitarra / voz
Sun-J - seqüenciamento / teclados
Rocky Singh - bateria
Aktarvata - MC
Spex - MC
Pritpal Rajput - dhol / tabla
Sanjay Tailor
Ghetto Priest - vocais
Reconhecido tanto por sua luta pelos direitos civis e combate ao
racismo quanto por sua música, o grupo Asian Dub Foundation (ADF) deixa
sua mensagem política por todos os países em que se apresenta. A banda
britânica que mistura, entre outras sonoridades, a música eletrônica,
com ritmos do ragga-jungle, rock and roll puro e clássicos da música
indiana, foi fundada em 1993, quando o baixista Dr Das, que na época
trabalhava na organização Community Music, ensinado tecnologia da música.
Em 1995, é lançado o disco de estréia da banda, “Facts &
Fictions”, com faixas tipicamente conscientes e com característica
politico/cultural do rap e instrumentos tradicionais da Ásia. Usando o
poder que a música tem como meio de expressão, o Asian Dub Foundation é
muito mais que uma simples banda que funde a música eletrônica com música
tradicional, e se tornou cultuada nas pistas de dança. O grupo tem uma
forte preocupação social, que é evidente nas letras de suas músicas,
que aborda temas como a discriminação racial sofrida por imigrantes asiáticos
na Grã-Bretanha. O tema social não fica somente nas letras, O ADF tem
uma fundação [a ADF Education], que promove cursos de música com crianças
carentes, buscando o desenvolvimento dessas crianças através da expressão
musical de cada uma e de conhecimento de novas tecnologia.
Para divulgar o primeiro trabalho, o Asian Dub Foundation sai em turnê
pela Europa e suas performances ao vivo chamam a atenção da gravadora
francesa, Virgin France pela qual lançaram seu segundo álbum,
“R.A.F.I” (Real Areas for Investigation). Com isso, a banda cada vez
mais desperta o interesse da mídia e acaba assinando contrato com uma
gravadora britânica, London Records, que lança, em 1998, uma versão
remixada do segundo álbum, que agora se chama “Rafi's Revenge”. O
reconhecimento por todo o país se deve, em parte, pela a turnê feita com
Primal Scream, que ocorreu no verão de 1997. Além de dividir o palco, os
músicos do Primal Scream também dividem as mesmas preocupações sociais
e convidam o ADF para participar do single de protesto, “Free Satpal
Ram”. O disco "Conscious Party" gravado ao vivo em 1997, em
Londres, é o registro do grupo em palco.
Grande parte de 1998, o Asian Dub Foundation passou em turnê, fazendo
grandes shows na Inglaterra e demais países da Europa. Na primavera de
99, foi a vez do Canadá e dos Estados Unidos, onde o ADF teve o apoio do
Beastie Boys. O título do terceiro álbum, “Community Music”, faz uma
homenagem ao local onde os integrantes se conheceram. Durante a turnê do
disco, lançado em 2000, aconteceu modificações na formação do grupo:
entram o baterista Rocky Singh, os músicos MCs Aktarvata & Spex e
Pritpal Rajput e sai Deeder Zaman, que segue dedicando-se a organizações
anti-racismo.A convite da embaixada britânica, que já conhecia o
trabalho social que o Asian Dub Foundation realizava com a organização
independente, ADF Education, que promove o estudo da música e tecnologia
aos jovens, o ADF veio ao Brasil, em abril de 2001. Além de uma série de
apresentações nas principais capitais brasileiras ao lado de bandas como
O Rappa, Nação Zumbi e Marcelo D2, eles também conheceram projetos
sociais - visitaram os músicos do AfroReggae e os Meninos do Morumbi,
experiência que teve grande impacto para a banda britânica.
Ao voltar para casa, a banda saiu da gravadora London Recors e assinou
novamente com a Virgin France, em maio de 2002. Depois de um ano, o Asian
Dub Foundation lançou o álbum, “Enemy of the Enemy”. Nele, há
participações especiais do guitarrista do Radiohead, Ed O’Brien e da
cantora, Sinead O’Connor. Nesse álbum também há uma música de Edy
Rock (Racionais MCs) sobre o massacre do Carandirú: “19 Rebellions”.
Lançado em fevereiro de 2005 no Japão, “Tank” é o mais recente
trabalho da banda. O disco reúne 11 faixas inéditas e novos integrantes
ao grupo, entre eles o artista do selo On-U, Ghetto Priest. Os fãs da
banda que comprarem o novo trabalho também vão poder conferir dois
remixes de “Black Steel” e “Fight the Power” gravadas juntamente
com Chuk D do Public Enemy.
Depois de terem finalizado o disco e sairem em turnê pela Inglaterra, o
ADF recebeu de braços abertos um novo projeto. Dessa vez o grupo britânico
foi convidado pelo English National Theatre a compor e apresentar uma ópera
sobre a vida do coronel Gadaffi.
Em março de 2008 vai ser lançado o novo trabalho do grupo: Punkara.
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'Quem viverá na noite mais escura, mais úmida e mais quieta enterrado
profundamente em baixo do solo, longe de qualquer som humano ? Quem procurará o tesouro
encontrado ? Navegar os mares e escalar o globo, além dos cumes, além das alturas, muito
mais longe do que alcança a visão mais poderosa. Quem compartilhará esta xícara
amarga. Deixe os cachorros selvagens os rasgarem, deixe os ventos gelados soprarem abaixo,
enterre-os bem fundo.'
Beyond the pale - Brooker/Reid
'Agora recolha conchas de mar, e escreva palavras valentes. Suas
orações estão sem resposta, seus ídolos absurdos. A alga e a teia de aranha,
Apodreceram sua espada. Suas barricadas quebraram, Seus inimigos Senhor.'
Broken barricades - Brooker/Reid
'Enquanto Handel toca a sua melodia, doutores causam incerteza.
E embora eu saiba da bravura do salva-vidas não há ninguém para ele salvar. E como um
marinheiro pirata, nós cruzamos o Main espanhol e trouxemos nosso tapete mágico para uma
planície de coberta de degraus de mármore.'
Pandora´s box - Brooker/Reid
'Uma ode com qualquer outro nome eu sei poderia que ler mais docemente
Talvez o sol nunca mais brilhará em meu campo de trigo. Mas afinal, me deixe dizer para
esses muito doentes, verem. Apesar de não aparecer, sim, alguém sabe. Eu queria que esse
alguém fosse eu.'
Quite rightly so - Brooker/Fischer/Reid
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